Tudo está piorando. Como sempre.

Sempre procurei apresentar uma visão positiva do mundo em meu trabalho. É muito mais fácil ser negativo e cínico e prever a destruição do mundo do que tentar descobrir como melhorar as coisas. Temos a obrigação de fazer isso.
— Jim Henson

A confiança das pessoas na “promessa” da IA vem despencando, é o que mostram diferentes pesquisas.

Nenhuma nova tecnologia é unanimidade, muito menos no seu começo. Do tear mecânico à energia nuclear (vencedora do Oscar!), ninguém gosta de mudanças. Da tal da disrupção. É como eu sempre digo, a melhor parte da zona de conforto é que ela é… confortável. Mas acho que a IA deveria, por sua natureza técnica, estar mais no gosto popular. Quando a internet chegou para ficar, a falta de confiança estava mais em sua utilidade. “Isso aí é besteira, não serve pra nada”. O que ocorre agora com a IA é um sentimento de que ela vai piorar nossas vidas.

A confiança na IA caiu no mundo todo, de 61% em 2019 para apenas 53%, segundo uma pesquisa da Edelman. Nos EUA, onde a insegurança no emprego está aumentando e já é possível ver vagas sendo substituídas pela IA, essa porcentagem é ainda menor. Agora, apenas 35% dos americanos diz confiar na tecnologia, enquanto há apenas cinco anos o número era 50%. O que, de certa maneira, faz sentido. Em 2019 a IA existia, como diriam os psicólogos, no campo do hipotético (aprendi essa expressão ano passado e achei chique). Agora é não só real, entre lá e cá tivemos 2020, o ano que nunca acabou.

Nos meus trabalhos com IA a palavra medo apareceu muito. Medo de ficar para trás. Medo do que a IA pode fazer. Medo de perguntar e se passar por desatualizado.

Por que a IA é diferente de outras tecnologias?

Este conteúdo é exclusivo para assinantes do Boa Noite Internet. Para continuar lendo apóie o nosso trabalho, por menos que uma coquinha zero por semana.

Assine Agora

Já é assinante? Entre com seu usuário.