Acabou o ano, né?

Escolha seu difícil.
— Autoria desconhecida (mas ouvi da Anna, que ouviu da Ana Canosa)

Todo ano, já tem aí mais de década, chega dezembro e eu faço a piada comparando com jogo de futebol aos 40 do segundo tempo, a galera tocando a bola de lado, levando a mão à coxa, falando pro árbitro acaboooou fazendo gesto com os braços.

Só que — não sei como está por aí — este ano as pessoas parece mais exaustas. Vários podcasts (não só o Boa Noite Internet) com números caindo. Grupos de Zap e Discord mais calmos. Até as tretas do Twitter deram uma acalmada. “Tá bom, tá bom, me deixa em paz.”

Esta foi a newsletter mais difícil de escrever no ano. Era para ter saído semana passada, mas uma soma de problemas pessoais e a dificuldade de escrever uma newsletter que não virasse uma lista de reclamações e pessimismos deixou a tarefa para o Cris desta semana. De lá para cá li algumas coisas que me ajudaram a ter uma perspectiva melhor sobre o que rolou e o que estou sentindo. Um pouco.

O Boa Noite Internet tem algumas “leis”. Internas, só minhas, mas que eu tento seguir não só em nome do público, mas do que eu acredito ser um bom conteúdo. A primeira eu já comentei várias vezes, é a de que não posso ser o escritor que só aponta o que há de errado no mundo — as histórias precisam ser “otimistas”. A segunda é meio contraditória a esta (porque eu faço isso comigo mesmo, dificulto as coisas) é de que sempre que possível eu devo passar a mensagem de “você não está maluco sozinho”, que foi a grande mudança que a Internet trouxe ao mundo. “Tá ruim aí? Aqui também. Ufa.”

Sendo assim, se outra piada recorrente é a de que dezembro é a sexta-feira do ano, vamos aqui refletir sobre o ano que termina.

O ano que finalmente começou

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