O maior preço das redes sociais não é a privacidade

Desenho de policiais futuristas andando pela cidade. Gerado por inteligência artificial.

Dizem não haver censura na internet, ou pelo menos apenas em parte. Mas isso não é verdade. A censura online é aplicada pelo excesso de conteúdo banal que distrai as pessoas de questões sérias ou coletivas.
— Veronica Barassi

É impossível tentar cobrir o que está acontecendo no Novo Twitter™ em uma newsletter semanal. A cada minuto acontece um absurdo maior. Por isso sugiro seguir a “cobertura em tempo real” a gente está fazendo no canal #sci-tech do Discord, onde, aliás linkaram mais um bom artigo-resumo do Platformer, que está com vários furos sobre o que está acontecendo por lá.

Tweet por Hank Green:

The current battle happening in my own mind between wanting twitter to succeed because it has brought a lot of value and
wonderful moments to my life and wanting it to fail because l'd really like those 10 hours a week back.

Ver o que está acontecendo não só no Twitter nesta semana, mas com as redes sociais em geral, me fez pensar em Robocop.

Em uma distopia de futuro próximo, Detroit está à beira do colapso social e financeiro. Sobrecarregada pelo crime e pela escassez de recursos, a cidade concede à megacorporação Omni Consumer Products (OCP) o controle do Departamento de Polícia de Detroit.

Já tem aí mais de 10 anos onde a gente usa analogias do tipo “o Twitter é uma praça pública” para descrever o papel de cada rede social na vida. O ajuntamento de todas as redes — incluindo WhatsApp e chats em geral — é uma cidade onde todos somos praticamente obrigados a viver. É o ciberespaço, ou até mesmo o metaverso que já existe, mas o Markitos continua insistindo que é que vai inventar.

O Twitter é, sim, a praça pública. Cada um vai lá, sobe em um caixote e fala o que quiser. Quase nada presta, mas como eu um caça-níqueis a gente segue buscando aquela fagulha de dopamina que aparece cada vez mais raramente — como nos dias em que o Sukita está inspirado.

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