No que um tolo acredita, ele vê.
— The Doobie Brothers

Antes de mais nada, uma questão de ordem.

Esta semana não tem podcast. Sem patrocinadores para bancar a produção não faz sentido, financeiramente, manter a produção semanal. Obrigado a você que segue nos apoiando aqui. Estou pensando em algumas mudanças no Boa Noite Internet, várias em cima de toda a conversa sobre economia criativa que venho trazendo aqui, mas por enquanto o Boa Noite Internet passa a ser quinzenal.

Não foi algo muito pensado, mas quem acompanha a newsletter (e até antes disso) sacou que um dos meus assuntos preferidos é A Mídia, especialmente, mas não limitada, à digital. Muitas vezes falo aqui de “economia creator” porque estou enfiado nela e por ser a manifestação mais visível no mercado. Acredito que mesmo quem não é creator e nem sonha em ser creator pode se beneficiar do conhecimento de como funciona a mídia, já que, afinal de contas, ela está ligada a tudo o que fazemos no mundo hoje. Se antes era só onde nos informávamos sobre “as notícias”, agora é onde tomamos decisões de compra, relacionamento e até onde tentamos nos conhecer melhor.

É por isso que eu brinco que o livro “A dieta da informação” é ao mesmo tempo o mais importante sobre o nossa relação com mídia, todos deveriam ler, mas, na verdade, não precisamos ler porque já está tudo no título: nosso consumo de informação deve ser encarado como o consumo de comida. Não dá para ficar comendo Cheetos Requeijão todo dia. Mas a Elma Chips gasta muito dinheiro não só em propaganda, mas também em pesquisa de produto, para torná-lo irresistível. Com sucesso, hmmm, que fominha.

Esticando mais a analogia com comida, precisamos entender como a salsicha é feita para saber por que todos os bares e café do mundo são iguais. Ou porque não só vivemos em uma época sem contracultura, mas com uma cultura pouco inovadora.