O pensamento não é realidade; no entanto, é através do pensamento que as nossas realidades são criadas.
— Sidney Banks
Quando eu estava prestes a programar o envio da newsletter da semana passada, estourou a famosa bomba jornalistica: Sam Altman não era mais CEO da OpenAI. Pior que isso, o comunicado oficial não dava muitos detalhes além de falar em “problemas de comunicação entre o CEO e o conselho diretor”.
A semana foi agitada, com novidades acontecendo a cada dia, até no fim… voltarmos ao ponto inicial e Altman voltar a ocupar o cargo — com o antigo conselho substituído por um novo.
Vou repassar a cronologia em instantes, mas antes acho importante olharmos o motivo de esta não ser só mais uma treta de acionistas, ainda mais em uma empresa que nem fatura tanto assim.
Ato 1 – Por que a OpenAI é diferente?
Logo de cara, a OpenAI tem uma estrutura organizacional diferente de outras empresas no setor de tecnologia. Inicialmente fundada como uma organização sem fins lucrativos, a OpenAI nasce com o objetivo de promover e desenvolver inteligência artificial de forma segura e benéfica para humanos.
Só que logo ficou claro que para o nível de processamento necessário para IA, era preciso muito dinheiro. Para sustentar seus projetos, a OpenAI estabeleceu uma subsidiária com fins lucrativos. Esta estrutura permite que a empresa equilibre seus objetivos comerciais com seu compromisso central com a ética e segurança em IA. Não é um modelo inédito. A Mozilla (mantenedora do navegador Firefox) adota uma abordagem semelhante, onde a Mozilla Foundation, uma organização sem fins lucrativos, supervisiona a Mozilla Corporation, uma empresa com fins lucrativos. A diferença, é claro, é que navegadores web já não são mais a tecnologia mais importante do momento.
Este conteúdo é exclusivo para assinantes do Boa Noite Internet. Para continuar lendo apóie o nosso trabalho, por menos que uma coquinha zero por semana.
Já é assinante? Entre com seu usuário.