Se você tirar de uma teoria apenas as conclusões que lhe agradam e descartar o resto, você estará usando a teoria como um bêbado usa um poste de luz como apoio em vez de iluminação.
— Greg Mankiw!

📰 A Microsoft segue apostando seu futuro na inteligência artificial, o que eu acho uma boa ideia, mas… eles já não investem na OpenIA? Porque um dos anúncios foi de que o Bing Chat — o “ChatGPT da Microsoft” — agora se chama Copilot, é um produto separado do Bing… que não funciona no Firefox, então deixa pra lá.

Além do “novo” Copilot, a Microsoft revelou no evento Ignite novidades como a CPU Azure Cobalt, VMs GPU confidenciais em parceria com a Nvidia, o acelerador de IA Azure Maya, infraestrutura de IA com sistema de resfriamento líquido, Azure AI Vision para conteúdo multimídia, atualização do modelo de IA 52, a ferramenta Azure AI Studio para gestão de IA, e a implementação do Mesh para espaços imersivos 3D.

A CNet resumiu tudo em um vídeo de 8 minutos.

🔒 Enfim, a hipocrisia. A mesma Microsoft proibiu temporariamente o uso do ChatGPT por seus funcionários, citando preocupações com segurança e dados. Apesar do vínculo com a OpenAI, a empresa aconselhou cautela no uso do ChatGPT, por ser um serviço de terceiros. Após a divulgação da notícia pela imprensa, a Microsoft restaurou rapidamente o acesso, dizendo que, na verdade, estava proibindo o software de design Canva, não o ChatGPT. A proibição temporária também se aplicava a outros serviços externos, como o gerador de imagens de IA Midjourney. A companhia destacou a importância de usar serviços com mais privacidade e segurança, como Bing Chat Enterprise e ChatGPT Enterprise. Como diria a Mônica: ata. Outras grandes empresas, como Apple e Amazon, também já restringiram o acesso ao ChatGPT por razões de segurança.

😟 O caso de Thaís Santos, uma auxiliar administrativa de Sergipe, traz mais uma vez os problemas do uso de inteligência artificial em reconhecimento facial. Thaís, de 31 anos, estava curtindo o Pré-Caju em Aracaju quando a IA a confundiu com uma foragida da justiça — duas vezes no mesmo evento, ainda por cima. A primeira abordagem foi tranquila, mas na segunda ela chegou a ser algemada. Mais tarde a polícia reconheceu o erro, mas o trauma e o constrangimento ficaram. A história levanta uma questão séria sobre como a IA pode reproduzir preconceitos, principalmente em relação a pessoas negras e trans. Este é mais um lembrete de que não podemos deixar na mão da IA decisões que afetam diretamente a vida de pessoas, especialmente quando não compreendemos direito os processos que levam a máquina a tomar uma decisão.