Quando não sabemos quem odiar; nós nos odiamos.
— Chuck Palahniuk

OnePiece live action na Netflix, Starfield no videogame. O FOMO torando e eu aqui descascando batata no porão. Ainda bem que gosto de descascar batata. Essa foi uma daquelas semanas de sair exausto mas falar é sobre isso de maneira não irônica.

Aliás, por falar nestas duas novas peças de entretenimento, mais uma vez pude observar a necessidade das pessoas de que alguma coisa seja incrível como nunca visto antes. Comentei no Discord que as resenhas de Starfield até que variam, mas no geral contam que “é um bom jogo da Bethesda, mas não é o jogo que vai mudar a história dos videogames como muitos esperavam”. Eu só quero Skyrim no Espaço. Mas a máquina do hype é construída para nos fazer desejar uma coisa que vai deixar nossa boca tão aberta quanto em um anime. Propositalmente. É um projeto dos departamentos de marketing alimentando os veículos que divulgam estas notas, porque precisam dos cliques e plays. É só um jogo. E uma adaptação de anime. E um filme de boneca barbi, ou de bomba atômica. Etc. etc. O marketing nos empurra para o sentimento de torcida, mas não precisamos disso. É só curtir.

Até porque se você quiser jogar uma coisa que realmente mudou a história dos games, vai de Baldur’s Gate III. Esse sim. Quem sabe um dia falo dele.

Nossa, o que rolou?

🍄 Catadores de cogumelos amadores foram alertados a evitar livros de forrageamento (adoro essa palavra) vendidos na Amazon que parecem ter sido escritos por chatbots de inteligência artificial. A Amazon se tornou um mercado para criações produzidas por IA que não deixam claro não terem sido escritas por humanos, com livros de viagem entre as categorias populares para trabalhos falsos. Agora, vários livros apareceram no site do varejista online oferecendo guias para forrageamento de cogumelos selvagens que também parecem ter sido escritos por chatbots. Isso é muito perigoso, já que… a pessoa vai comer aquilo. E você conhece aquela piada de que todos os cogumelos são comestíveis. Alguns, apenas uma vez. Um dos guias encontrados, por exemplo, sugeria que o forrageador novato provasse o cogumelo. É como eu sempre digo: a galera não está nem aí, só quer lucrar. Fact checking e rigor científico é para os fracos que dormem enquanto os outros trabalham.

👩‍🏫 A OpenAI lançou um guia para professores que desejam usar o ChatGPT em sala de aula. O guia contém informações detalhadas sobre como o ChatGPT funciona, sua eficácia e limitações, além de orientações sobre como usar prompts para gerar explicações sobre assuntos complexos. O guia também abrange o uso do ChatGPT para detectar trabalhos copiados ou criados com a ajuda de IA, bem como possíveis vieses e limites da IA. Além disso, o guia inclui exemplos reais de como o ChatGPT já está sendo usado na sala de aula, como na tradução de textos complexos para alunos de intercâmbio ou na criação de jogos de palavras e simulações de situações. A OpenAI também mostra roteiros completos para tarefas específicas que podem ser copiados e colados na plataforma.